segunda-feira, 26 de julho de 2010

PROJETO DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA

O RESGATE DA CULTURA DE BRINCADEIRAS POPULARES BRASILEIRAS DE FORMA DIVERTIDA E CONSCIENTE A PARTIR DE PROJETO DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA

Ana Reni Gonçalves
Marta Rodrigues Vezaro
Roberta Brandão
Joanil Maria da Silva
Ivanete

Resumo
O presente trabalho permite entender a necessidade da integração de todas as dimensões da vida, e os profissionais da área de educação estão neste atual sistema desafiados a mudar a realidade educacional, e uma forma excelente são os projetos de aprendizagem na escola. Objetivam a integração, o restabelecimento de vínculos, participação, criatividade, instigar criações e representações, entre muitos outros objetivos que a interdisciplinaridade provoca por si. Inicialmente, a temática e o desenvolvimento da aula foi discutida entre os profissionais de educação da escola, e para sua aprovação foi argumentado sobre a importância para o meio ambiente, da consciência de reciclar e ou reaproveitar, da inserção das tecnologias na aula interdisciplinar, sobre o resgate histórico de um brinquedo da cultura brasileira, do ato de brincar com sua própria criação, e sobre o quanto uma aula interdisciplinar provoca um alto nível educacional, um ensino de qualidade.

Palavras-Chave: Interdisciplinaridade, criação, projeto de aprendizagem.


1 Introdução

O ser humano é novo, é diferente a cada dia, é diferente de antigamente. As influências dessa vida prática em nossa paciência é monstruosa, as pessoas não têm mais paciência umas com as outras, hoje dois minutos é muito, houve mudanças antropológicas, mas o tempo é o mesmo.
As crianças já nascem com olhares diferentes em relação às coisas, porque os seres humanos estão e são diferentes, as pessoas mesmo contextualizadas na história sentem o mundo devagar, o que gera uma ansiedade muito grande, muito dos nossos problemas é gerado pela nossa incapacidade de esperar o tempo certo, dificuldade de se aquietar e se preparar para haver uma dedicação menor as coisas, todos querem tudo muito prático.
Precisa-se entender de onde vêm as coisas, a economia de materiais desde a extração, produção, distribuição, consumo e lixo. As pessoas trabalham no sistema da economia de materiais, umas com mais, outras com menos importância, inclusive, mulheres em seu período de reprodução, as quais recebem alto índice de toxinas, sem respeito ao período de amamentação, sem contar que os bebês recebem durante o período de gestação químicos tóxico por suas mães, em função do nosso atual sistema, da alimentação e água.

2 O conhecimento necessário do sistema

Faz-se necessário entender que a maioria dos impostos recolhidos são para os militares, o governo, que deveria se preocupar com a população, saúde, alimentação, saneamento básico e educação, porém as corporações são maiores que o governo e se preocupam com o bem estar deles, levando ao crescimento de produção desenfreada, sem haver a importância dos impactos químicos na saúde e no ambiente, pois os tóxicos produzidos estão inseridos nas compras levadas para nossa casa, escola, nos diversos ambientes.
Esse consumo sem limites é o coração do sistema, o motor que impulsiona as pessoas a consumirem, uma sugestão governamental do sistema capitalista, nesse meio o nosso valor é medido e demonstrado pelo que consumimos, nele precisamos o tempo todo que as coisas sejam consumidas de acordo com a grande preocupação governamental e nenhuma preocupação maior em relação à educação, ao transporte, à justiça e à alimentação, também neste sistema ocorre uma distribuição de fábricas tóxicas para outros lugares, países como, por exemplo, de materiais eletrônicos, que produz um lixo altamente tóxico e muitas doenças.
Também deve estar claro que neste sistema capitalista o principal objetivo é mais bens de consumo e como estratégia é usado absolescência planejada, onde tudo é criado para ir para o lixo, são criações inúteis, que vão dos descartáveis aos computadores, os quais mudam a cada minuto que passa e a perceptiva que nos convence a jogar fora coisas úteis, mudam de cor, formas, externamente, e rapidamente as coisas como, por exemplo, a moda que muda anualmente a cada coleção, e quem não se atualiza não tem valor.
Uma grande aliada a este sistema é a publicidade, a mídia em geral, em seus anúncios o objetivo é nos informar que estamos errados e devemos ir às compras, num ciclo impressionante, trabalhamos o dia todo, chegamos em casa poucos minutos e vamos para a frente da TV que nos direciona as compras porque estamos errados, então vamos às compras e logo precisa-se trabalhar mais ainda para poder comprar muito mais, há sempre uma insatisfação, paralela a uma grande satisfação após uma compra, as pessoas estão trabalhando mais do que nunca, tudo em função da ativez do ato de comprar.
Esse formato de extração, produção, distribuição, consumo e lixo é fora do nosso campo de visão. Enquanto isso a Felicidade está em declínio, seu pico foi a década de 50, em seguida, ocorre a explosão do consumismo, neste período acontece a disponibilidade maior de tempo para as coisas e menor para sermos felizes, cuidarmos de nosso amigos, nossas famílias, nossos bens maiores.
Porém, se acredita em mudança para que se possa respirar com mais alívio, inicia-se pela reciclagem, a separação papel, metal e plástico, sabe-se que sozinha nem inicia o desmanche da ponta desta grande montanha, mas já é alguma coisa. Acontece que o sistema está em crise: os problemas são do meio ambiente ao decréscimo da felicidade, se faz necessário se livrar do comprar, jogar fora, da ideologia impregnada em nossas mentes deste sistema, se faz necessário intervenções como: salvando as florestas, recuperando o governo, enxergando o panorama geral do sistema linear, para novos pensamentos químicos verde e para o consumismo.

3 Intervenções geradoras de mudança

Para isso os profissionais da pedagogia como formadores de opinião terão de investir na elaboração de afetos próprios para que possam interferir em situações que envolvem afetos alheios, isto é, intervenção pedagógica capaz de assegurar mudanças nas relações sociais, baseadas no comprometimento profissional.
A escola entendendo os processos que o sistema determina, possui uma ferramenta capaz de promover uma cultura preventiva de paz, de enfrentamento a um sistema provocativo, estimulante às diversas violências contra as pessoas, que elimina a felicidade, o bem estar, deixa de lado as concepções religiosas, os princípios, a ética e provoca medo. A educação é a principal e os projetos de aprendizagem, os programas educacionais e culturais são necessário para iniciar uma grande mudança.
Pensando dessa forma, a interdisciplinaridade entre as disciplinas pode ser a grande prática da atualidade e deste início. Independente das disciplinas, acreditamos que é uma forma democrática, inclusiva, estimulante, que valoriza os diversos conteúdos, fortalece comportamentos participativos, é também uma forma de exercitar o diálogo acerca dos mais diversos assuntos, respeitando o colega.
Esta prática desencadeia muitas iniciativas, como as que vivenciamos na Universidade, até então não havia sido pensado a possibilidade de efetuar a integração das disciplinas de Metodologias da Língua Portuguesa e Matemática para início de escolarização e Tecnologias da Informação e da Comunicação e o Contexto Escolar. A partir dessa prática universitária automaticamente percebemos que em sala de aula pode ser feito inúmeros projetos interdisciplinares, como método educativo de excelentes resultados no processo de aprendizagem, porque o ambiente educativo requer processos de socialização, de trocas de sabedorias, de interação, que vão em busca da autonomia do sujeito.
Na prática escolar vimos que pode ser possível a interdisciplinaridade, em nossa proposta desenvolvemos a criação da Peteca. Inicialmente, efetuamos a aula de forma dialogada, em seguida, estudamos a história da Peteca, enquanto brinquedo e enquanto jogo, após todo esse estudo com as crianças, partimos para a criação do brinquedo Peteca.
Pois o brincar é um indicativo revelador de culturas, sua análise permitirá ou não que os traços culturais da sociedade em questão sejam evidenciados.
A existência do mundo adulto permeando o mundo infantil não é novidade. O que interessa, nesta abordagem, é a possibilidade de a criança (re) elaborar situações vividas através do brincar, muitas relacionadas com aspectos da vida adulta. A criança é essencialmente lúdica, utiliza o brincar como um aprendizado sociocultural, ao produzir seus próprios brinquedos, registra neles suas histórias e a história de suas famílias. Esse desejo de conhecer justifica seu grande interesse pelos restos da história.
Nesse pensar construímos a Peteca, o que para eles não era possível, pois só conheciam petecas compradas, outras crianças não conheciam, após o desenvolvimento e criação das petecas, utilizamos o laboratório de informática para desenvolvermos um texto em formato de história em quadrinhos com suporte do Software Educativo Editor de histórias em quadrinhos (HagáQuê), para desenvolver o gênero textual roteiro de experiência. A idéia foi incentivar os alunos a criarem uma história, contando a experiência da construção da peteca, os materiais utilizados e suas quantidades. Os materiais solicitados para a construção das petecas foram materiais reciclados, como: sobras de tecidos, de papeis, fitas, cordões, plásticos. Esta foi uma forma de ensinar aprendendo, para alguns impossível de se trabalhar, para outros reflete uma tentativa de transcender os paradigmas disciplinares que têm imperado até hoje na educação escolar.


4 Conclusão

Neste estudo foi possível entender que os conhecimentos fazem parte das disciplinas escolares, que o professor é fundamental para o desenvolvimento dos projetos e da interdisciplinaridade, precisa ser motivador, dialogar, ser entusiasmado. Sua função inicial é auxiliar os alunos no desenvolvimento do proposto para que haja exposição de suas habilidades com clareza, sendo argumentativas ou artísticas.
O que a prática nos revelou durante o desenvolvimento do projeto, foi realidades diferentes de conhecimento cultural, criança que nunca tinham ouvido falar de peteca, outras imediatamente disseram que não precisa fazer que hoje se compra feita, outras revelaram que já tiveram, mas que não brincaram e jogaram no lixo. Após esses comentários iniciais, dialogamos sobre a história da peteca, o que imediatamente mudou o interesse, pelo fato de até então não saberem nada sobre o brinquedo, durante a construção observamos que dois alunos estavam com menos interesse no brinquedo e mesmo depois de construído a peteca estava sem o valor que os outros alunos depositaram em suas criações, então conversamos, e um deles me respondeu, que gostava somente de futebol, até que rasgou sua peteca. Logo, chegou com os olhos cheio de lágrimas pedindo para que ele pudesse construir um nova peteca para poder levar para casa e brincar durante as férias. O desenvolvimento dos projetos depende dos incentivos que a criança recebe, dos conceitos apresentados, do enfoque de importância. Uma excelente forma de formação integral de cidadãos com habilidades e competências.


REFERÊNCIAS


BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a cultura. Campinas: Summus, 1984.


FAZENDA, Ivani C.A. Didática e interdisciplinaridade. Campinas, SP: Papirus, 1998.

FERNÁNDEZ, Alicia. A Inteligência Aprivisionada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

CHAVES, Eduado O.C. A pedagogia de projetos de Aprendizagem. Professor Titular de Filosofia da Educação da Universidade Estadual de Campinas. http://chaves.com.br/ Acesso em: (18/06/2010)

Resultados de trabalho Interdisciplinar em sala de aula











sexta-feira, 18 de junho de 2010

Como Avaliar a Produção Artística das Crianças???

Conhecer a arte de um povo exige estudo e sensibilidade. A formação do olhar crítico ocorre do encontro da percepção e do conhecimento e constitui-se numa atitude de fecunda criatividade. Não olhar a obra de arte e acha-lá bonita ou feia, mas analisá-la criticamente com conhecimento artístico, enriquecendo o conhecimento sobre as coisas que olha e avalia. Estudar a arte é aprender a olhá-la criticamente; é experimentar a transformação do olhar. Essa transformação não ocorre apenas na lida com objetos artísticos, mas em todas as áreas do saber humano, pois a crítica é matéria-prima da criatividade e a arte é o resultado. Segundo Barbosa (1975, p. 90), em sua obra A imagem do ensino da arte, "a arte não tem importância para o homem somente como instrumento do desenvolvimento da criatividade, percepção e etc, mas tem importância em si mesma, como assunto ou objeto de estudo".
Em outras palavras, o autor coloca que não devemos avaliar somente a estética do que foi criado pela criança, mas sim a intenção do que foi criado, valorizando todos os passos da construção da arte pela criança.

Por que Trabalhar com Artes Manuais na Escola???

A criança atraída por contos de fadas, lendas e histórias, se interessa e quer aprender a criar, elas estão mais próximas do artista, do colecionador, do mágico, reconstroem das ruínas; refazem dos pedaços. A cultura infantil é produção e criação, de seu espaço e tempo.
No refazer, reside o potencial da brincadeira, por isso Benjamim (1984, p.14) em sua obra Reflexões: a criança, o brinquedo, a cultura, critica a pedagogização da infância e faz cada um de nós pensar "é possível trabalhar com crianças sem saber brincar, sem ter nunca brincado?".
A criança em suas tentativas de descobrir e conhecer o mundo, nas suas ações infantis, elas em suas experiências atribuem significados diversos as coisas, fato e artefatos.
Aprendemos com Paulo Freire que educação e pedagogia dizem respeito a formação cultural e o trabalho pedagógico precisa favorecer a experiência com o conhecimento científico e com a cultura sendo a educação, uma prática social que inclui o conhecimento científico, a arte e a vida cotidiana. Neste sentido, o trabalho com artes manuais na escola pode ser um instrumento para valorização da expressão, sentimento e criação.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Como pensamos em encontrar respostas as nossas dúvidas temporárias?

Através de pesquisas escritas, entrevistas, observações e desenvolvimento de atividades práticas.

Motivações que impulsionaram na escolha do tema

Projetos realizados durante os estágios de observação nas escolas.
Por gostar da interação que a arte proporciona ao construir e a revelação dos resultados.